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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Manifestação contra a corrupção, uma luta de todos

Aqui do interior de uma cidade do Tocantins, percebi que a marcha contra a corrupção movimentou o Brasil. A cultura de manifestação e revolta aos poucos vem ganhando força e espaço em razão do inconformismo da sociedade, bem como da possibilidade da utilização de redes sociais para organizarem tais eventos. Fico feliz. Ao mesmo tempo me sinto incomodado. O motivo é porque estou tão longe das grandes cidades e não tenho a oportunidade de participar, razão pelo qual resolvi escrever o presente artigo como forma de manifestação.
Falar sobre a corrupção é algo muito arriscado, mas é extremamente necessário. Dias atrás, vimos o caso da juíza Patrícia Acioli assassinada pelos policiais do Rio de Janeiro e as declarações da Ministra Eliana Calmon sobre a existência de “há bandidos escondidos atrás da toga” e que repercutiu no meio jurídico.


O desafio de combater a corrupção é muito grande. Hoje, os crimes financeiros estão muitos sofisticados em razão da grande burocracia para serem investigados e a força que os corruptos exercem sobre o Estado. Jamais podemos desanimar. Talvez muita gente ainda não saiba a força de uma mobilização social como essa. É preciso ressaltar que os portais de notícias fazem parte dessa evolução. Vejamos o exemplo que aconteceu nesses últimos seis meses de governo Dilma Rousseff, em razão principalmente do Estadão e Veja - demitiram três ministros de pastas importantes.


No começo dessa semana, dia 08 de outubro, participei de uma palestra na FACDO ministrada pelo Juiz Marlon Reis (membro do MCCE e idealizador da campanha ficha limpa), no qual explanou os absurdos cometidos pelos políticos com a corrupção e suas graves conseqüências. Seu estilo duro e de uma cultura altamente exemplar, mostra o tipo de brasileiro que devemos ser.


Devemos ter simpatia pelos intelectuais e não ter “rabo preso” com nenhum político corrupto. Precisamos sim de ideologias partidárias e fazer parte dos debates que envolvam nosso futuro. Ir às ruas. Não calar a boca nunca. Ter esperança em um Brasil melhor. Preocupar-nos com a inclusão social, saúde, segurança, paz e, especialmente com a educação.


Precisamos combater à compra de voto e principalmente fazermos um julgamento político, ou seja, se um parlamentar cometeu um crime, jamais poderá ter uma nova chance para representar o povo. A política lida com pessoas. Os tempos mudaram. Assim, cada vez mais necessitamos de políticos brilhantes e que acima de tudo sejam absolutamente anti-corrupção.


Hoje, os manifestantes mostraram sua força. Vamos realizar o desfecho da reforma política por meio de assinaturas de projetos de leis como o voto distrital, assim como ocorreu com a lei da ficha limpa e, com o tempo moralizar a política brasileira. Sou acadêmico na área das ciências jurídicas e estou à disposição dos movimentos sociais e na luta contra a corrupção. Contem sempre comigo. 

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