O fundador da Microsoft saiu dizendo por aí que Khan é incrível. Dois anos antes, o analista começou a dar aulas à distância para três primos com dificuldades na escola e moravam longe de sua casa e Santa Clara, na Califórnia. “Como morávamos em estados diferentes e era difícil combinar os horários, resolvi gravar e postar no YouTube para que eles pudessem assistir a qualquer hora”, diz. Os vídeos, porém, chegaram a mais de 40 milhões de acessos e a ideia se tornou o embrião da Khan Academy.
Com apoio da Fundação Bill e Melinda Gates e após vencer um concurso do Google para escolher as 10 melhores ideias que podem mudar o mundo, o agora professor elevou o projeto a outro nível. Com mais de 2.200 vídeos e acesso diário de 200 mil estudantes, a página da Khan Academy cobre todo o currículo até o ensino médio em Matemática, Química, Física e Biologia, tudo de graça. “Quando um aluno tira seis, ele só absorveu 60% do conteúdo. Mesmo o que tira nove, ainda tem 10% de defasagem”, afirma. Na Khan Academy, o estudante só avança depois de acertar 100% dos exercícios propostos.
Salman não prega o fim das salas de aula, mas sugere que seu método complemente o ensino escolar. Outra boa possibilidade é de cada aluno seguir seu próprio ritmo. O acompanhamento de cada um que acessa as lições é possível graças a um sistema de monitoramento no site que permite saber em quais pontos dos vídeos os alunos se demoraram mais. Ou quais conteúdos exigiram mais ou menos tempo de estudo. As aulas do site estão em processo de tradução para mais de 10 línguas. “Quero que isso seja uma realidade para 6,9 bilhões de estudantes” — isso inclui o mundo todo.
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